Psicóloga do IFSC é coautora de livreto sobre como educar crianças anticapacitistas

INSTITUCIONAL Data de Publicação: 25 ago 2023 08:32 Data de Atualização: 17 nov 2023 11:00

A psicóloga Karla Garcia Luiz, do Câmpus São José, é uma das autoras do livreto “Como educar crianças anticapacitistas”, produzido a pedido do Laboratório de Educação Inclusiva da Universidade do Estado de Santa Catarina (LEdI/Udesc) e disponível de maneira gratuita pela internet.

O livreto é voltado a familiares e educadores de crianças e tem como objetivo promover o diálogo com elas e apoiá-las na construção de um pensamento crítico que não reproduza preconceito ou discriminação em relação às pessoas com deficiência. Karla - assim como a coautora do livro, Mariana Rosa (jornalista) - é mãe com deficiência e, com a obra , espera mostrar a pessoas que não são do meio acadêmico ou que pesquisam sobre o tema o que são o capacitismo e o anticapacitismo usando uma linguagem acessível. A ilustradora do livreto, Paloma Santos, também é mulher com deficiência.

“Como educar crianças anticapacitistas” tem descrição de imagens e é compatível com leitores de tela. Em breve, deve ser disponibilizada também em audiolivro e traduzida para a língua brasileira de sinais (Libras). 

Karla, de 38 anos, é psicóloga do IFSC há 8 anos e pesquisadora no campo dos estudos da deficiência - concluiu o doutorado em Psicologia e é integrante do Núcleo de Estudos da Deficiência da Universidade Federal de Santa Catarina (NED/UFSC). É autora de outra obra que trata sobre anticapacitismo, dessa vez voltada para o meio acadêmico, o “Guia para práticas anticapacitistas na universidade”. O guia foi produzido a pedido da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e também está disponível online.
 

O que é capacitismo?

As autoras de “Como educar crianças anticapacitistas” definem o capacitismo como “a discriminação pautada numa ideia arbitrária sobre norma e desvio, na qual as pessoas sem deficiência são consideradas o padrão, o ideal a ser perseguido, enquanto as pessoas com deficiência representam o desvio”. Elas lembram que o capacitismo nem sempre se manifesta como uma ofensa e pode acontecer na tentativa de um elogio ou de um comentário sem intenção de ofender, como: “Tão bonita, nem parece que tem uma deficiência”. 

Para as autoras, a “deficiência precisa ser compreendida como uma experiência sociológica, que não se restringe à lesão, ao impedimento corporal, mas que se dá no encontro desse corpo com uma sociedade construída para não acolher a multiplicidade corporal e de modos de viver”. 
 

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